domingo, 8 de junho de 2014

Música ao domingo




Carlos Paião - Play Back

Podes não saber cantar,
Nem sequer assobiar
Com certeza que não vais desafinar
Em play-back, em play back, em play-back!
Só precisas de acertar,
Não tem nada que enganar,
E, assim mesmo, sem cantar vais encantar
Em play-back, em play back, em play-back!
Põe o microfone à frente,
Muito disfarçadamente,
Vai sorrindo, que é p'ra gente
Lá presente
Não notar!...
Em play-back tu és alguém
Mesmo afónico cantas bem...
Em play-back,
A fazer play-back
E viva o play-back
Hás-de sempre cantar
em play-back, respirar p'ra quê?
Quem não sabe também não vê...
Em play-back,
A fazer play-back
E viva o play-back
Dá p'ra toda uma soirée!..
Podes não saber cantar,
Nem sequer assobiar
Com certeza que não vais desafinar
Em play-back, em play back, em play-back!
Só precisas de acertar,
Não tem nada que enganar,
E, assim mesmo, sem cantar vais encantar
Em play-back, em play back, em play-back!
.
Abre a boca, fecha a boca
Não te enganes, não te esganes,
Vais ter uma apoteose,
Põe-te em pose
P´ra agradar!...
Em play-back é que tu és bom,
A cantar sem fugir do tom...
Em play-back
A fazer play-back
E viva o play-back
Hás-de sempre cantar
com play-back até pedem bis:
Mas decerto, dirás feliz...
Em play-back
A fazer play-back
E viva o play-back
Agradeces e sorris!!
Podes não saber cantar,
Nem sequer assobiar
Com certeza que não vais desafinar
Em play-back, em play back, em play-back!
Só precisas de acertar,
Não tem nada que enganar,
E, assim mesmo, sem cantar vais encantar
Em play-back, em play back, em play-back!
Em play-back, em play back, em play-back!
Em play-back, em play back, em play-back!

domingo, 1 de junho de 2014

Música ao domingo (Dia Mundial da Criança)

E porque hoje se celebra o Dia Mundial da Criança, deixo-vos com um vídeo e uma música que me faz regressar à infância!







D'Artacão e os Três Moscãoteiros



Eram uma vez os três
Os famosos moscãoteiros
Do pequeno Dartacão
Tão bons companheiros
Os melhores amigos são
Os três moscãoteiros
Quando em aventuras vão
São sempre os primeiros
Quando eles vão combater
Já não há rival algum
O seu lema é um por todos
E todos por um
O amor de Julieta
É o Dartacão
E ela é a predileta
Do seu coração
Dartacão, Dartacão
Correndo grandes perigos
Dartacão, Dartacão
Perseguem os bandidos
Dartacão, Dartacão
E os três moscãoteiros longe
Vão chegar
Dartacão, Dartacão
És tu e os teus amigos
Dartacão, Dartacão
Em jogos divertidos
Dartacão, Dartacão
Vocês são moscãoteiros
A lutar

domingo, 25 de maio de 2014

Música ao domingo





TRÊS TRISTES TIGRES - O mundo a meus pés



Falta o nome, falha o cheiro
Tudo forte tudo feio
Não me lembro de ter gostado
de me ter custado...
[refrão]
Já não há, Já não és
O mundo a meus pés.
Já não há, Já não és
O mundo a meus pés.
Falta o lume, falha a chama
Faço a mala, faço a cama
Não me lembro de ter sonhado
De ter enganado.
Falta o nome, falha o cheiro
Tudo forte tudo feio
Não me lembro de ter gostado
de me ter custado...
[refrão]
Já não há, Já não és
O mundo a meus pés.
Já não há, Já não és
O mundo a meus pés.
Faça o favor
De entrar sem pedir licença.
Não pense no que diz
Nem diga o que pensa.
Falta o nome, falha o cheiro
Tudo forte tudo feio
Não me lembro de ter gostado
de me ter custado...
Falta o lume, falha a chama
Faço a mala, faço a cama
Não me lembro de ter sonhado
De ter enganado.
Faça o favor
De entrar sem fazer barulho
Rien ne va plus
Aprenda a jogar seguro.
[refrão]
Já não há, Já não és
O mundo a meus pés.
Já não há, Já não és
O mundo a meus pés.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Poesia à sexta





Cantico Negro - José Régio (Marco D'Almeida)


"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!

domingo, 18 de maio de 2014

Música ao domingo




RUI VELOSO - Lado lunar


Não me mostres o teu lado feliz
A luz do teu rosto quando sorris
Faz-me crer que tudo em ti é risonho
Como se viesses do fundo de um sonho
Não me abras assim o teu mundo
O teu lado solar só dura um segundo
Não é por ele que te quero amar
Embora seja ele que me esteja a enganar
[Refrão]
Toda a alma tem uma face negra
Nem eu nem tu fugimos à regra
Tiremos à expressão todo o dramatismo
Por ser para ti eu uso um eufemismo
Chamemos-lhe apenas o lado lunar
Mostra-me o teu lado lunar
Desvenda-me o teu lado mausão
O túnel secreto a loja de horrores
A arca escondida debaixo do chão
Com poeira de sonhos e ruínas de amor
Eu hei-de te amar por esse lado escuro
Com lados felizes eu já não me iludo
Se resistir à treva é um amor seguro
à prova de bala à prova de tudo
[refrão]
Mostra-me o avesso da tua alma
Conhecê-lo e tudo o que eu preciso
Para poder gostar mais dessa luz falsa
Que ilumina as arcadas do teu sorriso
Não é por ela que te quero amar
Embora seja ela que me vai enganar
Se mostrares agora o teu lado lunar
Mesmo às escuras eu não vou reclamar

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Poesia à sexta





Eunice Munoz recita Eugénio de Andrade (Canção)


Tinha um cravo no meu balcão;
veio um rapaz e pediu-mo
- mãe, dou-lho ou não?

Sentada, bordava um lenço de mão;
veio um rapaz e pediu-mo
- mãe, dou-lho ou não?

Dei o cravo e dei o lenço,
só não dei o coração;
mas se o rapaz mo pedir
- mãe, dou-lho ou não?

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Expressões idiomáticas - Idioms

PÔR A BOCA NO TROMBONE




Significado: contar um segredo






Exemplos:

- Se lhe contas isso ela põe logo a boca no trombone!

- Edward Snowden pôs a boca no trombone e revelou os segredos de espionagem dos EUA.

domingo, 11 de maio de 2014

Música ao domingo






Balance



Sara Tavares


Como vi dançar no Zimbabué

Quero também contigo gingar

Uma dança nova

Mistura de Semba com Samba 

De Mambo com Rumba

Tua mão na minha 

E a minha na tua


Balancê ye

Balança ya

Swinga para lá

Swinga pra cá ye


Balancê ye

Balança ya

Maria José

Swing no pé

Senão chega p'ra lá ye


Somos livres para celebrar 

Somos livres para nos libertar 

Como crianças brincando 

Crianças sorrindo

Crianças sendo crianças... ah!


Como crianças brincando 

Crianças sorrindo

Crianças...

Balancê ye

Balança ya

Swinga para lá

Swinga pra cá ye

Balancê ye


Balança ya

Maria José

Swing no pé

Senão chega p'ra lá ye


Adoro quando te deixas levar assim 

Fechas os olhos e danças só para mim

Uma dança tua

Mistura de não vem que não tem


Com um sorriso porém que me diz que o teu desdém 

É só a manhã de alguém 

Que diz que vai mas que vem 

Me engana que eu gosto


Balancê ye

Balança ya

Swinga para lá

Swinga pra cá ye

Balancê ye

Balança ya

Maria José

Swing no pé


Senão chega p'ra lá ye

Balancê ye

Balança ya

Swinga para lá

Swinga pra cá ye

Balancê ye

Balança ya


Maria José

Swing no pé

Senão chega p'ra lá ye

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Poesia à sexta




SABEDORIA, José Régio (Bruno Huca)

Desde que tudo me cansa, 
Comecei eu a viver. 
Comecei a viver sem esperança... 
E venha a morte quando 
Deus quiser. 

Dantes, ou muito ou pouco, 
Sempre esperara: 
Às vezes, tanto, que o meu sonho louco 
Voava das estrelas à mais rara; 
Outras, tão pouco, 
Que ninguém mais com tal se conformara. 

Hoje, é que nada espero. 
Para quê, esperar? 
Sei que já nada é meu senão se o não tiver; 
Se quero, é só enquanto apenas quero; 
Só de longe, e secreto, é que inda posso amar. . . 
E venha a morte quando Deus quiser. 

Mas, com isto, que têm as estrelas? 
Continuam brilhando, altas e belas. 

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Pretérito Perfeito do indicativo dos verbos terminados em CAR, em ÇAR e em GAR (Correção de exercício)

Os exercícios da passada quinta-feira corrigidos.

EXERCÍCIOS
  1. Eu CHEGUEI a casa muito tarde
  2. Eu FIQUEI em casa ontem
  3. Eu TROPECEI numa pedra e caí
  4. Eu PAGUEI cem euros por esta cadeira
  5. Eu MARQUEI um grande golo!

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Verbos regulares no Pretérito Perfeito do indicativo (verbos em –ar) / Correção de exercício

Esta é a correção do exercício da passada quarta-feira

EXERCÍCIOS

  1. O bombeiro APAGOU o incêndio.
  2. Ontem FALEI com o Pedro.
  3. Já ACABASTE de ler o livro?
  4. Nós PASSÁMOS / PASSAMOS a camisa a ferro.
  5. Eles LIGARAM cá para casa ontem.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Presente dos verbos em OAR

Na primeira pessoa do Presente do Indicativo, os verbos terminar em OAR levam duplo "o".



  • Eu ENJOO (enjoar) quando ando de avião
  • Eu PERDOO (perdoar) a quem me faz mal
  • Eu ROO (roer) o queijo como os ratos
  • Eu VOO sempre para o Brasil

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Expressões idiomáticas - Idioms

FICAR EM BOAS MÃOS





Significado: ficar sob a responsabilidade de alguém competente 





Exemplos:

- Como eu não estou cá, é a Joana que vai tratar do assunto. Não te preocupes porque ficas em boas mãos.

-  Se puseres os teus filhos naquela escola, eles ficam em boas mãos. Os professores são muito competentes.

domingo, 4 de maio de 2014

Música ao domingo (versão luso-brasileira)




Paulo Gonzo e Ana Carolina: "Quem de nós dois"


Eu e você
Não é assim tão complicado
Não é difícil perceber
Quem de nós dois
Vai dizer que é impossível
O amor acontecer
Se eu disser
Que já nem sinto nada
Que a estrada sem você
É mais segura
Eu sei você vai rir da minha cara
Eu já conheço o teu sorriso
Leio o teu olhar
Teu sorriso é só disfarce
O que eu já nem preciso
Sinto dizer que amo mesmo
Tá ruim pra disfarçar
Entre nós dois
Não cabe mais nenhum segredo
Além do que já combinamos
No vão das coisas que a gente disse
Não cabe mais sermos somente amigos
E quando eu falo que eu já nem quero
A frase fica pelo avesso
Meio na contra mão
E quando finjo que esqueço
Eu não esqueci nada
E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais
E te perder de vista assim é ruim demais
E é por isso que atravesso o teu futuro
E faço das lembranças um lugar seguro
Não é que eu queira reviver nenhum passado
Nem revirar um sentimento revirado
Mas toda vez que eu procuro uma saída
Acabo entrando sem querer na tua vida
Eu procurei qualquer desculpa pra não te encarar
Pra não dizer de novo e sempre a mesma coisa
Falar só por falar
Que eu já não tô nem aí pra essa conversa
Que a história de nós dois não me interessa
Se eu tento esconder meias verdades
Você conhece o meu sorriso
Lê o meu olhar
Meu sorriso é só disfarce
O que eu já nem preciso
E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais
E te perder de vista assim é ruim demais
E é por isso que atravesso o teu futuro
E faço das lembranças um lugar seguro
Não é que eu queira reviver nenhum passado
Nem revirar um sentimento revirado
Mas toda vez que eu procuro uma saída
Acabo entrando sem querer na tua vida

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Poesia à sexta





Minha cabeça estremece - Herberto Hélder (Rodrigo Leão)


Minha cabeça estremece com todo o esquecimento.
Eu procuro dizer como tudo é outra coisa.
Falo, penso.
Sonho sobre os tremendos ossos dos pés.
É sempre outra coisa, uma
só coisa coberta de nomes.
E a morte passa de boca em boca
com a leve saliva,
com o terror que há sempre
no fundo informulado de uma vida.

Sei que os campos imaginam as suas
próprias rosas.
As pessoas imaginam os seus próprios campos
de rosas. E às vezes estou na frente dos campos
como se morresse;
outras, como se agora somente
eu pudesse acordar.

Por vezes tudo se ilumina.
Por vezes canta e sangra.
Eu digo que ninguém se perdoa no tempo.
Que a loucura tem espinhos como uma garganta.
Eu digo: roda ao longe o outono,
e o que é o outono?
As pálpebras batem contra o grande dia masculino
do pensamento.

Deito coisas vivas e mortas no espírito da obra.
Minha vida extasia-se como uma câmara de tochas.

- Era uma casa - como direi? - absoluta.

Eu jogo, eu juro.
Era uma casinfância.
Sei como era uma casa louca.
Eu metias as mãos na água: adormecia,
relembrava.
Os espelhos rachavam-se contra a nossa mocidade.

Apalpo agora o girar das brutais,
líricas rodas da vida.
Há no esquecimento, ou na lembrança
total das coisas,
uma rosa como uma alta cabeça,
um peixe como um movimento
rápido e severo.
Uma rosapeixe dentro da minha ideia
desvairada.
Há copos, garfos inebriados dentro de mim.
- Porque o amor das coisas no seu
tempo futuro
é terrivelmente profundo, é suave,
devastador.

As cadeiras ardiam nos lugares.
Minhas irmãs habitavam ao cimo do movimento
como seres pasmados.
Às vezes riam alto. Teciam-se
em seu escuro terrífico.
A menstruação sonhava podre dentro delas,
à boca da noite.
Cantava muito baixo.
Parecia fluir.
Rodear as mesas, as penumbras fulminadas.
Chovia nas noites terrestres.
Eu quero gritar paralém da loucura terrestre.
- Era húmido, destilado, inspirado.
Havia rigor. Oh, exemplo extremo.
Havia uma essência de oficina.
Uma matéria sensacional no segredo das fruteiras,
com as suas maçãs centrípetas
e as uvas pendidas sobre a maturidade.
Havia a magnólia quente de um gato.
Gato que entrava pelas mãos, ou magnólia
que saía da mão para o rosto
da mãe sombriamente pura.
Ah, mãe louca à volta, sentadamente
completa.
As mãos tocavam por cima do ardor
a carne como um pedaço extasiado.

Era uma casabsoluta - como
direi? - um
sentimento onde algumas pessoas morreriam.
Demência para sorrir elevadamente.
Ter amoras, folhas verdes, espinhos
com pequena treva por todos os cantos.
Nome no espírito como uma rosapeixe.

- Prefiro enlouquecer nos corredores arqueados
agora nas palavras.
Prefiro cantar nas varandas interiores.
Porque havia escadas e mulheres que paravam
minadas de inteligência.
O corpo sem rosáceas, a linguagem
para amar e ruminar.
O leite cantante.

Eu agora mergulho e ascendo como um copo.
Trago para cima essa imagem de água interna.
- Caneta do poema dissolvida no sentido
primacial do poema.
Ou o poema subindo pela caneta,
atravessando seu próprio impulso,
poema regressando.
Tudo se levanta como um cravo,
uma faca levantada.
Tudo morre o seu nome noutro nome.

Poema não saindo do poder da loucura.
Poema como base inconcreta de criação.
Ah, pensar com delicadeza,
imaginar com ferocidade.
Porque eu sou uma vida com furibunda
melancolia,
com furibunda concepção. Com
alguma ironia furibunda.

Sou uma devastação inteligente.
Com malmequeres fabulosos.
Ouro por cima.
A madrugada ou a noite triste tocadas
em trompete. Sou
alguma coisa audível, sensível.
Um movimento.
Cadeira congeminando-se na bacia,
feita o sentar-se.
Ou flores bebendo a jarra.
O silêncio estrutural das flores.
E a mesa por baixo.
A sonhar.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Pretérito Perfeito do indicativo dos verbos terminados em CAR, em ÇAR e em GAR

Na primeira pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo alguns verbos regulares, de modo a manter o mesmo som, alteram o modo como se escrevem.

Assim sendo...

              PICAR                        /          eu piquei

              COMEÇAR               /           eu comecei

              APAGAR                   /           eu apaguei



In the first person of the Pretérito Perfeito do Indicativo, some verbs change the way we write them so they can mantain the same sound


EXERCÍCIOS


  1. Eu __________ (chegar) a casa muito tarde
  2. Eu __________ (ficar) em casa ontem
  3. Eu __________ (tropeçar) numa pedra e caí
  4. Eu __________ (pagar) cem euros por esta cadeira
  5. Eu __________ (marcar) um grande golo!

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Verbos regulares no Pretérito Perfeito do indicativo (verbos em –ar)


Com o novo acordo ortográfico, a forma "nós" pode ser conjugada com ou sem acento.


EXERCÍCIOS

  1. O bombeiro __________ (apagar) o incêndio.
  2. Ontem __________ (falar, eu) com o Pedro.
  3. Já __________ (acabar, tu) de ler o livro?
  4. Nós __________ (passar) a camisa a ferro.
  5. Eles __________ (ligar) cá para casa ontem.

terça-feira, 29 de abril de 2014

O plural das palavras que terminam em "ão" (solução do exercício)

Eis a correção do exercício da passada terça- feira.


EXERCÍCIO

Coloque as seguintes frases no Plural (não se esqueça de pôr também os verbos no plural!)




  1. O jogador alemão jogou com o irmão. 
            Os jogadores alemães jogaram com os irmãos.

     2.  Aquela secção não tem espelho.

            Aquelas secções não têm espelhos.

     3.  O rapaz é português e a rapariga é espanhola.

           Os rapazes são portugueses e as raparigas são espanholas.

     4.  A canção fala do leão selvagem.

           As canções falam dos leões selvagens.

      5.  A mão do capitão está queimada.

           As mãos dos capitães estão queimadas.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Expressões idiomáticas - Idioms


DAR O GOLPE DO BAÚ





Significado: casar por dinheiro




Exemplos:

- A Vera casou com um homem de 90 anos! Está claramente a dar o golpe do baú.

- Eu não acho que ele esteja apaixonado. Cá para mim está a querer dar o golpe do baú.

domingo, 27 de abril de 2014

Música ao domingo (25 de Abril)

Esta foi a música que serviu de sinal para dar iníco à "Revolução dos Cravos" e, por isso, tem um valor histórico, político e social muito particular.

This was the music that gave the sign to start the Portuguese Revolution from 25th April 1974 and, therefore, as a very special historical, political and social meaning.




Zeca Afonso - Grândola, Vila Morena



Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina, um amigo
Em cada rosto, igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto, igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola, a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Falsos amigos - Português/Italiano

Entre o português e o italiano existem algumas palavras que, sendo iguais , têm significados muito diferentes!



quarta-feira, 23 de abril de 2014

Para ou por? (Solução do exercício)

The solution for this exercise

A solução para este exercício
  1. Vou dividir este bolo POR todos.
  2. Este filme não presta PARA nada!
  3. POR mim podíamos ir ao cinema
  4. Ele vem do Brasil PARA a semana.
  5. POR agora é tudo, podem sair.
  6. Ele está POR dentro do assunto.
  7. POR mais voltas que dê à cabeça, não sei onde pus a chave!
  8. Esta flores são PARA mim?
  9. Quanto é que pagaste POR isso?
  10. PARA começar, queria uma sopa.

terça-feira, 22 de abril de 2014

O plural das palavras que terminam em "ão"

As palavras que terminam em "ão" podem formal o plural de três modos

  • ões (balões, aviões, corações). Esta é a forma mais comum.
  •  ães (cães, alemães, pães) . Para lembrar "Os cães dos capitães alemães comem pães" 
  •  ãos (mãos, irmãos, cristãos)

Não há propriamente uma regra que nos permita saber quando utilizar uma forma ou outra.


EXERCÍCIO

Coloque as seguintes frases no Plural (não se esqueça de pôr também os verbos no plural!)


  1. O jogador alemão jogou com o irmão.
  2. Aquela secção não tem espelho.
  3. O rapaz é português e a rapariga é espanhola.
  4. A canção fala do leão selvagem.
  5. A mão do capitão está queimada.

Veja as soluções na próxima terça!

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Expressões idiomáticas - Idioms


ABRIR O JOGO





Significado: dizer a verdade, revelar alguma coisa que era mantida escondida






Exemplos:

- Está na hora de abrir o jogo: estou completamente apaixonado por ti!

- Sem ele abrir o jogo não podemos ter a certeza de quem é a culpa.

domingo, 20 de abril de 2014

Música ao domingo





Clã - Chocolatando



Não sou de grande apetite
Mas tenho fomes assim
Entre o lanche e o jantar
Entre a cama e a despensa

Porque a voz do chocolate
Está sempre a chamar por mim

Sou chéché por chocolates
Oh lá lá, melhor que chicha
Ovinhos, línguas de gato
Barras de 20 quilates

Viro logo cachalote
Nunca chega uma tablete
Para laricas de choc

Não sou de grandes petiscos
Como e não choro por mais
Debico como os pardais
Mas não resisto ao apelo
Do cheirinho a chocolate
Nas minhas fossas nasais

Sou chéché por chocolates
Oh lá lá, melhor que chicha
Ovinhos, línguas de gato
Barras de 20 quilates

Viro logo cachalote
Nunca chega uma tablete
Para laricas de choc

Chocolate, xeque-mate
Mimi chinca, ganda caixa
Com recheio, sem receio
Boca cheia, bola baixa

Chocolantando, me encharco
E de cacau não me farto

Sou chéché por chocolates
Oh lá lá, melhor que chicha
Ovinhos, línguas de gato
Barras de 20 quilates

Viro logo cachalote
Nunca chega uma tablete
Para laricas de chocolate
Choc, choc, chocolate...

Sou chéché por chocolates
Oh lá lá, melhor que chicha
Ovinhos, línguas de gato
Barras de 20 quilates

Viro logo cachalote
Nunca chega uma tablete

Sou chéché por chocolates
Oh lá lá, melhor que chicha
Ovinhos, línguas de gato
Barras de 20 quilates

Viro logo cachalote
Nunca chega uma tablete


VOCABULÁRIO

cheché - expressão familiar para "maluco"
chicha - expressão infantil para "carne"
larica - expressão familiar para "fome"

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Poesia à sexta




UMA PEQUENINA LUZ, Jorge de Sena  (Samuel Úria)

Uma pequenina luz bruxuleante
não na distância brilhando no extremo da estrada
aqui no meio de nós e a multidão em volta
une toute petite lumiére
just a little light
una piccola…em todas as línguas do mundo
uma pequena luz bruxuleante
brilhando incerta mas brilhando
aqui no meio de nós
entre o bafo quente da multidão
a ventania dos cerros e a brisa dos mares
e o sopro azedo dos que a não vêem
só a advinham e raivosamente assopram.
Uma pequena luz
que vacila exacta
que bruxuleia firme
que não ilumina apenas brilha.
Chamaram-lhe voz ouviram-na e é muda.
Muda como a exactidão como a firmeza
como a justiça
Brilhando indefectível.
Silenciosa não crepita
não consome não custa dinheiro.
Não aquece também os que de frio se juntam.
Não ilumina também os rostos que se curvam.
Apenas brilha bruxuleia ondeia
Indefectível próxima dourada.
Tudo é incerto ou falso ou violento: brilha.
Tudo é terror vaidade orgulho teimosia: brilha.
Tudo é pensamento realidade sensação saber: brilha.
Tudo é treva ou claridade contra a mesma treva: brilha.
Desde sempre ou desde nunca para sempre ou não:
brilha.
Uma pequenina luz bruxuleante e muda
Como a exactidão como a firmeza
como a justiça.
Apenas como elas.
Mas brilha.
Não na distância. Aqui
No meio de nós.
Brilha.

Fonte: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=99988#ixzz2y7cgTWwo

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Para ou por?

Será que sabe quando deve utilizar PARA ou POR?

Do you know when to use PARA or POR?

  1. Vou dividir este bolo ________ todos.
  2. Este filme não presta ________ nada!
  3. ________ mim podíamos ir ao cinema.
  4. Ele vem do Brasil ________ a semana.
  5. ________ agora é tudo, podem sair.
  6. Ele está ________ dentro do assunto.
  7. ________ mais voltas que dê à cabeça, não sei onde pus a chave!
  8. Esta flores são ________ mim?
  9. Quanto é que pagaste ________ isso?
  10. ________ começar, queria uma sopa.

Bom trabalho! E confira as respostas na próxima quarta!

Good work! And see the answers next Wednesday!

terça-feira, 15 de abril de 2014

5 Things You Will Love & Hate about Portugal


The good things and bad things of Portugal, by a foreigner living in the country. Do you agree?


As coisas boas e más de Portugal, na opinião de um estrangeiro que mora no país. Concorda?




segunda-feira, 14 de abril de 2014

Expressões idiomáticas - Idioms


FAZER VISTA GROSSA






Significado: fazer de conta que não se vê alguma coisa





Exemplos:

- Apesar do penálti ser claro, o árbitro fez vista grossa.

- Para não lhe anular o teste, o professor fez vista grossa quando o João copiou uma pergunta pelo colega.

domingo, 13 de abril de 2014

Música ao domingo





Fala-me de Amor -Santos e Pecadores


Acabei por ter
Um fraco por ti
Que foi como veio
E eu não percebi
Pergunto como está
A velha certeza
Será que tu sabes
O que correu mal
Hoje eu já sabia dizer
REFRÃO: Ama- me, leva- me p'ra lá do meu horizonte
Falando de amor
Fala- me de amor
Segue-me, prende-me p'ra lá do meu horizonte
Falando de amor
Fala- me de amor
Quero-te dizer
Que ainda estou aqui
Todo o tempo à espera
De ti
Quero-te alcançar
E estou a pedir
P'ra ser como era
Quando te conheci

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Poesia à sexta




Ruy Belo - Tu estás aqui 


Estás aqui comigo à sombra do sol

escrevo e oiço certos ruídos domésticos

e a luz chega-me humildemente pela janela

e dói-me um braço e sei que sou o pior aspecto do que sou



Estás aqui comigo e sou sumamente quotidiano

e tudo o que faço ou sinto como que me veste de um pijama

que uso para ser também isto este bicho

de hábitos manias segredos defeitos quase todos desfeitos

quando depois lá fora na vida profissional ou social só sou um nome e sabem o que sei o

que faço ou então sou eu que julgo que o sabem

e sou amável selecciono cuidadosamente os gestos e escolho as palavras

e sei que afinal posso ser isso talvez porque aqui sentado dentro de casa sou outra coisa

esta coisa que escreve e tem uma nódoa na camisa e só tem de exterior

a manifestação desta dor neste braço que afecta tudo o que faço

bem entendido o que faço com este braço



Estás aqui comigo e à volta são as paredes

e posso passar de sala para sala a pensar noutra coisa

e dizer aqui é a sala de estar aqui é o quarto aqui é a casa de banho

e no fundo escolher cada uma das divisões segundo o que tenho a fazer

Estás aqui comigo e sei que só sou este corpo castigado

passado nas pernas de sala em sala. Sou só estas salas estas paredes

esta profunda vergonha de o ser e não ser apenas a outra coisa

essa coisa que sou na estrada onde não estou à sombra do sol



Estás aqui e sinto-me absolutamente indefeso

diante dos dias. Que ninguém conheça este meu nome

este meu verdadeiro nome depois talvez encoberto noutro

nome embora no mesmo nome este nome

de terra de dor de paredes este nome doméstico



Afinal fui isto nada mais do que isto

as outras coisas que fiz fi-Ias para não ser isto ou dissimular isto

a que somente não chamo merda porque ao nascer me deram outro nome que não merda

e em princípio o nome de cada coisa serve para distinguir uma coisa das outras coisas



Estás aqui comigo e tenho pena acredita de ser só isto

pena até mesmo de dizer que sou só isto como se fosse também outra coisa

uma coisa para além disto que não isto



Estás aqui comigo deixa-te estar aqui comigo

é das tuas mãos que saem alguns destes ruídos domésticos

mas até nos teus gestos domésticos tu és mais que os teus gestos domésticos

tu és em cada gesto todos os teus gestos

e neste momento eu sei eu sinto ao certo o que significam certas palavras como a palavra paz



Deixa-te estar aqui perdoa que o tempo te fique na face na forma de rugas

perdoa pagares tão alto preço por estar aqui

perdoa eu revelar que há muito pagas tão alto preço por estar aqui

prossegue nos gestos não pares procura permanecer sempre presente

deixa docemente desvanecerem-se um por um os dias

e eu saber que aqui estás de maneira a poder dizer

sou isto é certo mas sei que tu estás aqui


terça-feira, 8 de abril de 2014

Onde estão os erros? (Correção)

Esta é a correção deste exercício


TEXTO

Derrepente tudo ficou oscuro! Parecia que estávamos em inverno. O vento suprava forte e as janelas batião sem parar! Que barulho medoño! Levanteime, encendi a luz e procurei o minho telemóvel. Com o susto, tinha-o pisado e partido. O que mais me pudia acontecer?


CORREÇÃO

De repente tudo ficou escuro! Parecia que estávamos no inverno. O vento soprava forte e as janelas batiam sem parar! Que barulho medonho! Levantei-me, acendi a luz e procurei o meu telemóvel. Com o susto, tinha-o pisado e partido. O que mais me podia acontecer?

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Expressões idiomáticas - Idioms

PASSAR PELAS BRASAS





Significado: dormir um sono curto e ligeiro





Exemplos:

- Estou cheio de sono! Vou passar pelas brasas uns 15 minutos.

- Na primeira aula da manhã, o João está sempre a passar pelas brasas.

domingo, 6 de abril de 2014

Música ao domingo

Márcia com JP Simões - A PELE QUE HÁ EM MIM (Quando o dia entardeceu)







Quando o dia entardeceu
E o teu corpo tocou
Num recanto do meu
Uma dança acordou
E o sol apareceu
De gigante ficou
Num instante apagou
O sereno do céu
E a calma a aguardar lugar em mim
O desejo a contar segundo o fim.
Foi num ar que te deu
E o teu canto mudou
E o teu corpo do meu
Uma trança arrancou
O sangue arrefeceu
E o meu pé aterrou
Minha voz sussurrou
O meu sonho morreu
Dá-me o mar, o meu rio, minha calçada.
Dá-me o quarto vazio da minha casa
Vou deixar-te no fio da tua fala.
Sobre a pele que há em mim
Tu não sabes nada.
Quando o amor se acabou
E o meu corpo esqueceu o caminho onde andou
Nos recantos do teu
E o luar se apagou
E a noite emudeceu
O frio fundo do céu
Foi descendo e ficou

Mas a mágoa não mora mais em mim
Já passou, desgastei, p’ra lá do fim
É preciso partir
É o preço do amor
P’ra voltar a viver
Já nem sinto o sabor
A suor e pavor
Do teu colo a ferver
Do teu sangue de flor
Já não quero saber…

Dá-me o mar, o meu rio, a minha estrada,
O meu barco vazio na madrugada
Vou deixar-te no frio da tua fala
Na vertigem da voz quando enfim se cala.